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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Abuso de Autoridade Espiritual e as Vítimas desses Líderes Abusivos

“Sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do rebanho. Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória.” 1 Pedro 5:2-4

Faz alguns anos, o líder de um ministério cristão me disse: «Esta noite tive uma visita especial de Deus. Ele me disse que deves unir-te a meu ministério». Nesta noite passaram por minha mente todo tipo de pergunta. Porque o Senhor não me disse isto... em forma direta? Porque me pediria fazer algo que eu não gostava? E... porque não se revelou a mim na mesma forma que havia feito com esta pessoa?

Pouco depois fiquei sabendo que o ministério desta pessoa tinha se desintegrado. No processo, muitos tinham sido machucados ou, inclusive, recrutados, utilizando a mesma história que tinha sido usada comigo.

O abuso da autoridade espiritual acontece quando um líder - alegando que tem um chamado específico de Deus – se aproveita pessoalmente da lealdade de seus seguidores. Ao confiar no líder, eles se tornam vítimas que terminam sendo usados para um fim egoísta. Desta maneira, a fé e a auto-estima dos seguidores acabam sendo machucadas no final.

O conceito de abuso de autoridade espiritual

O abuso de autoridade espiritual ocorre quando um líder - alegando ter um mandato específico de Deus - utiliza isto para manipular ou tomar vantagem de seus seguidores, a fim de satisfazer interesses pessoais.

Os crentes são chamados a pôr as autoridades espirituais em alta estimação, como representantes de Deus. A Bíblia sublinha a importância de obedecer e respeitar às autoridades designadas por Deus. Por exemplo, quando Davi teve uma oportunidade de desafiar a autoridade do rei Saul, não o fez porque o considerou uma autoridade eleita por Deus.

Quando uma pessoa tem sido chamada por Deus a um ministério de liderança espiritual, o perigo começa quando o líder se embriaga de poder e, distorcendo este chamado, utiliza-o de uma maneira egoísta. Os seguidores começam a esforçar-se com o objetivo de satisfazer os interesses pessoais do seu líder, tais como poder, popularidade, riquezas, etc.

Características de um líder abusivo

Alguns dos seguintes critérios podem ser aplicados a um líder espiritual abusivo:
• Disse ter um relacionamento com Deus único e especial.
• Disse ter algum tipo especial de comunicação com Deus.
• Faz os seus seguidores crerem que ao fazerem algo por ele, estão servindo a Deus em forma especial.
• Convence os seus seguidores de que se eles o abandonarem algum dia – a ele ou ao seu ministério -estariam traindo ao próprio Deus.
• Persuade os seus seguidores que enquanto estiverem servindo a ele, seus seguidores têm um ministério único, e que não há lugar para eles em outra área de serviço.
• Convence os seus seguidores de que ele recebe revelações específicas sobre a vida particular deles.
• Esforça-se em ter controle sobre todas as áreas da vida de seus seguidores.
• Interessa-se por qualquer informação particular de seus seguidores, especialmente seus pecados ou erros.
• Não delega a seus subordinados a faculdade de tomar decisões maiores.
• Pede sacrifícios que ele mesmo não esteja preparado a fazer.
• Faz compromissos econômicos unilaterais que põe em risco a estabilidade financeira do ministério.
• Fica lembrando aos seus seguidores os sacrifícios que ele faz para servir no ministério.
• É crítico de outros líderes e ministérios.
• Descreve-se a si mesmo como um líder exigente mas muito tolerante ao mesmo tempo.
• Exagera seus êxitos ministeriais.
• Faz os seus seguidores crerem que eles não estão se sacrificando o suficiente pelo ministério.
• Persuade os seus seguidores de que não lhe pagam ou que não lhe apreciam suficientemente.
• Trata de dissuadir qualquer contato entre algum dissidente e seus seguidores leais.
• Muitas vezes, quando um subordinado termina algo, lhe faz acreditar que podia ter feito melhor.
• É leal com subordinados que têm problemas óbvios de caráter, mas incondicionalmente leais a ele.
• Prefere trabalhar independentemente de outras igrejas, denominações ou missões.
• Seu ministério não é fiscalizado por uma autoridade superior nem responde a tal.
• Trata de expandir o alcance de seu ministério mesmo com uma administração inadequada.

Características de uma vítima

Alguns dos seguintes critérios poderiam se aplicar a uma pessoa abusada por um líder espiritual:

• Envolver-se de tal maneira no ministério que descuida da sua família, seu trabalho e até da sua própria pessoa.
• Preocupa-se de forma crônica em agradar a seu líder.
• É incapaz de ver-se separado de seu líder ou do ministério.
• Recusa-se a compartir preocupações pessoais por temer que seu líder possa saber algo negativo a respeito dele.
• Interpreta o relacionamento com seu líder como o equivalente a um relacionamento ideal com um pai ou uma mãe.
• Faz enormes sacrifícios pelo bem-estar de seu líder.
• Sente que qualquer erro é primeiro uma ofensa a seu líder, e logo a Deus.
• Mete-se em discussões desnecessárias para defender a reputação de seu líder.
• Tem o sentimento crônico de que, quando se encontre com seu líder, sua vida inteira estará exposta diante dele.
• Se cometer um erro, sente a necessidade de pedir perdão a seu líder imediatamente.
• Perde a iniciativa e depende da aprovação de seu líder até em assuntos mínimos.
• Planeja seu dia em função do horário ou demandas de seu líder; os assuntos pessoais são relegados a um segundo plano.
• É muito crítico de outros líderes e ministérios.
• Tem a tendência de pensar, vestir-se, e falar como seu líder; às vezes de forma quase exagerada.
• Sente-se ressentido com Deus por não dar-lhe as mesmas «revelações» que seu líder parece ter.
• Tem enormes dificuldades em dizer «não» a seu líder.
• Quando está a sós, tem a sensação de que seu líder lhe observa.
• Aos poucos se converte em um inimigo ativo e crítico, quando passa a ser um dissidente.

Etapas de abuso entre a vítima e seu líder

Negação. A vítima não vê nada disfuncional no relacionamento; está muito entusiasmado porque se sente importante e útil. A razão para negar que exista abuso é que o subordinado tem pouca ou nenhuma noção das dinâmicas de um relacionamento abusivo.

Justificação. Aos poucos familiares ou amigos começam a tomar nota de que o relacionamento não é saudável e concluem que o líder está se aproveitando da pessoa. Ela começam a questionar à vítima. Em alguns casos, também a vítima começa a sentir-se desanimada pelos grandes sacrifícios que estão envolvidos em seguir a seu líder e, então, racionaliza estes sacrifícios.

Agressão. Por causa do excesso de demandas ou da pressão das pessoas ao redor dele, a vítima defende a validade do relacionamento e pode apresentar uma atitude agressiva consigo mesmo ou até aos que sugerem que seu líder está se aproveitando dele. Por exemplo, pode evitar todo contato com aquele que, segundo seu critério, o está acusando injustamente, ou desvalorizar o caráter de seus críticos. A vítima começa a ver-se cansada e de mau humor.

Crises. Nesta etapa, a vítima sofre uma perda pessoal por causa do custo de ter de satisfazer as constantes demandas de seu líder. As perdas podem dar-se a nível físico, social, ou espiritual. No plano físico, poderia ter-se estendido demais fisicamente e começar a sofrer uma crise de saúde, por exemplo, a hipertensão, úlceras, ansiedade, etc. Uma crise social pode se dá porque a vítima está abandonada ou decide abandonar os seus amigos ou familiares; por exemplo, a esposa sai de casa porque alega que seu esposo ocupa todo seu tempo seguindo ao líder. Uma crise espiritual poderia acontecer quando a vítima sente que Deus o abandonou e não vê retribuição pelos seus sacrifícios.

Racionalização. Durante um período de perda ou crise por causa do desequilíbrio de sua vida, a vítima pode começar a racionalizar. Convence-se a si mesmo de que os problemas que sofre não tem nada a ver com o relacionamento abusivo, mas que os fatores são por outras coisas. Por exemplo, está cansada demais e não é capaz de continuar com as demandas do Evangelho, ou seus amigos e familiares estão equivocados na sua percepção do relacionamento. Poderia também crer que Deus está arranjando uma enorme recompensa para dar a ele, ou que Deus esqueceu dele, mas que em pouco tempo vai retificar isto.

Aceitação. Da etapa de crise, a vítima pode entrar na etapa de aceitação, onde se dá conta de que as perdas que tem sofrido são o resultado direto do relacionamento abusivo, e que o líder tem se aproveitado dele. Em termos ideais, nesta etapa, a vítima começa a assumir a responsabilidade por seu bem estar e procura ajuda profissional.

Aceitar o relacionamento de abuso pode levar a vítima a uma atitude agressiva contra o seu líder. Por exemplo, se a vítima tem algum liderança dentro do ministério, poderia fomentar uma rebelião ou divisão do mesmo, na maioria dos casos com resultados amargos.

A aceitação de um relacionamento abusivo não ocorre exclusivamente durante uma crise; é possível que a vítima se dê conta do abuso antes de que chegue a um ponto crítico.

Síndrome de abstinência. Produz-se quando a vítima já deixou o relacionamento e começa a sentir saudades dos bons aspectos do que deixou, por exemplo, o companheirismo e a aceitação. A vítima pode se deprimir: na realidade, mesmo que fosse um relacionamento daninho, também perdeu uma pessoa que tinha aprendido a amar e respeitar.

Recuperação. A vítima chega a ter compreensão de sua própria vulnerabilidade à possibilidade de se envolver em relacionamentos daninhos e começa a ser mais ativa no que faz para evitá-lo: fica mais cautelosa ao começar um novo relacionamento. Nesta etapa existe o perigo de que a pessoa se envolve, quase sem dar-se conta, em outro relacionamento abusivo.


É necessário avaliar a vítima e o líder com base na lista dos critérios mencionados anteriormente. Mesmo que em todo relacionamento de autoridade possam existir alguns critérios temporariamente, somente a presença constante de alguns elementos em cada categoria pode qualificar o relacionamento como abusivo.

Se a vítima ainda estiver debaixo da autoridade direta do líder espiritual abusivo é preferível que seja aconselhado junto com outro pastor ou líder da comunidade. Isto é para proteger o conselheiro de qualquer mau entendimento; também ajudará à vítima a sentir-se protegida, já que poderia ter temor de que seu líder tome represálias contra ele. Enquanto não exista evidência concreta deste último, o temor é real.

O conselheiro deve avaliar se a vítima cresceu em um ambiente onde experimentou algum tipo de abandono, descuido, ou desaprovação. Se for este o caso, é um bom candidato para tornar-se vítima. É importante que se ajude à pessoa a entender o relacionamento entre o que lhe fez falta na sua infância e suas necessidades atuais. Com isto, deve-se avaliar como este relacionamento abusivo em particular lhe levou a crer que suas necessidades emocionais estavam sendo satisfeitas.

Deve-se determinar se a vítima aceita ou nega a existência do abuso. Ao aceitá-lo, a vítima tem mais possibilidades de ser ajudada, já que pode entender o relacionamento entre suas necessidades e a satisfação que obtém através deste relacionamento. O conselheiro deve exercitar sua paciência se a vítima nega ou justifica a realidade de um relacionamento abusivo, já que uma confrontação desnecessária poderia amedrontá-la. Se a vítima não reconhece ou justifica o abuso, uma meta realista poderia ser informá-lo dos elementos do abuso de autoridade, para que depois possa observar o relacionamento e chegar à suas próprias conclusões.

O conselheiro deve procurar avaliar se a vítima se envolveu previamente em algum outro relacionamento abusivo. Se este for o caso, a pergunta é: Como fez para terminar aquele relacionamento? Se existiu algo positivo, como se pode utilizar estes elementos? Lamentavelmente, é comum encontrar que a vítima esteve em relacionamentos prévios abusivos e talvez se converteu em um dissidente amargurado.

O conselheiro deve ajudar à vítima a analisar o que é que as outras pessoas fora do relacionamento pensam dela, especialmente amigos íntimos e familiares. É bem possível que as pessoas mais chegadas à vítima já expressaram opiniões negativas. O conselheiro poderia usar da retro-alimentação de outros em seu processo de aconselhamento. Isto é útil para que a pessoa que está tentando ajudar esteja em uma posição de menor confrontação. Isso é muito importante já que sempre existe o risco de que quando os elementos negativos do relacionamento saiam à luz, ou sejam entendidas pela vítima, estas queira terminar o relacionamento de aconselhamento. Trata-se de uma reação normal, porque a pessoa começa a sentir-se envergonhada ou acusada.

Ajude à vítima a avaliar a forma em que mudou desde que começou o relacionamento abusivo. Isso pode levá-la a ver com seus próprios olhos o processo negativo do relacionamento. Também ajudará a pessoa entender e a avaliar as perdas físicas, sociais, ou espirituais que teve por causa do relacionamento abusivo.

Ajude à vítima a avaliar suas habilidades e potenciais positivos. Em alguns casos, tem vivido por tanto tempo em função de seu líder que necessita aprender de novo como viver em função de si mesmo e da sua família. Por exemplo, a vítima pode precisar de ajuda em como estabelecer metas pessoais ou como administrar o tempo.

É possível que a vítima queira permanecer no relacionamento e/ou manter-se dentro da organização, mas já tem uma noção do abuso de autoridade. Assim sendo, o conselheiro pode ajudar a vítima a encontrar formas para ser mais assertivo, quer dizer, a maneira mais apropriada de pôr e comunicar limites em relação as suas responsabilidades de trabalho, salário, horário e tempo livre.

Em alguns casos, quando a vítima de abuso de autoridade percebe o abuso, pode experimentar uma irritação e, conseqüentemente, o desejo de confrontar o seu líder. Neste caso, é aconselhável que explorem juntos como esta confrontação possa ser feita da forma mais construtiva.

A vítima pode experimentar tristeza por causa da perda do relacionamento. Se for o caso, primeiro ajuda a pessoa a identificar esta dor. É bem possível que o líder espiritual abusivo aprecie sinceramente a vítima, mas, sem dar-se conta, que o fazia de forma egoísta. A dor que a vítima experimenta estará ligado ao fato de que alguns vêem em seus líderes características de pessoas que desejavam que fizessem parte de sua infância, mas que nunca existiram.

Ajude à vítima a entender seus sentimentos de irritação e/ou ressentimento em relação ao seu líder ou em relação a si mesma. Algumas vítimas tendem a maltratar-se ao descobrir que permitiram o abuso. É importante ajudar a vítima a identificar e descobrir estes sentimentos negativos. Em alguns casos, a vítima utiliza mecanismos auto-destrutivos quando fica deprimida, por exemplo: o isolamento. Em minha experiência, exige tempo para vencer os sentimentos de dor. É recomendável que, em lugar de pressionar para que a vítima os esqueça ou ignora de forma imediata, quem está ajudando se junte a ela para assessorá-la sobre como tornar estes sentimentos mais manejáveis. Considerando-se que, se a pessoa mantêm um caminhar espiritual estável, logo começará a manifestar os frutos do Espírito e, conseqüentemente, será mais fácil perdoar.

Avalie se a vítima tem sido abusiva com alguém mais. É possível que a vítima imite o comportamento abusivo de seu líder. Se este for o caso, ajude ela a fazer restituições, como, por exemplo, ir e pedir perdão às pessoas que ela tem abusado.

Se a vítima tem saído da igreja local ou ministério e não deseja retornar a sua igreja, não se deve pressionar essa questão até que a pessoa esteja pronta. Se ela quiser voltar para a igreja, assegure-se de que você ou alguém familiarizado com o caso dê apoio ao processo de re-ingresso. Há um risco para a vítima ao começar a congregar-se e/ou servir, já que é muito sensível a qualquer coisa que possa ser interpretada como manipulação.

É importante também ser sensível a como a vítima percebe seu relacionamento pessoal com Deus. Algumas sentem amargura ao pensar que Deus foi injusto com elas; outras encontram dificuldade em orar. O conselheiro deve ser sensível a isto, já que forçá-las prematuramente possa ser contraproducente; deve esperar que a vítima demonstre estar pronta para acertar-se com Deus. Na minha experiência, os que ajudam com maior eficácia são aqueles que em lugar de levar as pessoas a Deus apressuradamente, permitem que elas vejam a Deus através de sua disponibilidade, amor, tolerância, compreensão, etc.

Refere a vítima a um grupo de apoio onde possa expressar seus sentimentos e sentir-se compreendida e apoiada; assegure-se de que o grupo tenha uma liderança madura e adequada. Estimule a vítima a se envolver em um estudo bíblico que trate de modelos bíblicos de autoridade.

Em conclusão, creio que é possível ajudar a vítima de um líder espiritual abusivo. Sem dúvida, na minha experiência tenho encontrado que um ciclo de abuso que se desenrolou durante muitos anos não se pode romper com facilidade ou em umas poucas sessões de aconselhamento. Ironicamente, um conselheiro ansioso de ajudar tende a impor soluções que repetem o mesmo padrão de manipulação do líder abusivo. Tenho descoberto que os conselheiros mais efetivos são aqueles que são prudentes e sabem discernir o tempo de fazer luto junto com a vítima pelas perdas sofridas, o tempo de escutá-la e o tempo de confrontar...


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por Nery Duarte, M. Div.
 O autor é professor de aconselhamento pastoral no Seminário Escola de Estudos Pastorais (ESEPA) em San José, Costa Rica.
 FONTE: http://www.pracadoencontro.com.br/artigosporoutros/abusoespiritual.html

quinta-feira, 11 de julho de 2013

7 Razões porque "cristãos" estão apostatando da Fé


 

Parte da igreja cristã encontra-se mergulhada nas mais incongruentes distorções teológicas. Basta olharmos para os nossos arraiais que percebemos a complicada situação vivenciada por aqueles que se dizem cristãos. De certa forma acredito  isso se deva ao fato de termos abandonado as Escrituras.

É claro que a relativização da Bíblia não se deu de uma hora para outra. Na verdade, ouso afirmar que o abandono das Escrituras Sagradas se deu paulatinamente, proporcionando a longo prazo a miscigenação do evangelho.

Isto, posto, gostaria de elencar algumas razões porque os evangélicos abandonaram as Escrituras.

1- A preguiça dos pregadores. Lamentavelmente existem inúmeros pregadores preguiçosos que não se esmeram na preparação de suas mensagens. Na verdade, poucos são aqueles que dedicam horas a fio preparando sermões relevantes e desafiadores. A falta de pregações deste nipe, tem contribuído para o surgimento de uma igreja "burrificada".

2- O pragmatismo religioso.  Muitos pastores trocaram a exposição das Escrituras pela psicologia e  auto-ajuda. Para estes, o que importa é objetividade, além é claro, de respostas rápidas e satisfatórias ao cliente.

3- O abandono da Escola Bíblica Dominical.  Não precisa ser profeta para afirmar que do jeito que as coisas andam em curto espaço de tempo, a Escola Bíblica Dominical deixará de existir em boa parte das Igrejas. Na verdade, ouso afirmar, que a EBD encontra-se em estado de metástase, e que o desprezo por parte da Igreja tem contribuído com o aumento da ignorância bíblica.

4- A Sacralização da Música. Infelizmente boa parte dos cristãos consideram a música mais importante que a pregação da Palavra.  Os louvores ministrados em nossos cultos estão repletos de erros grotescos e desvios teológicos, onde através de estapafúrdias canções, brincamos de adoração. Pois é,  tenho a impressão que o chamado movimento gospel criou através de sua liturgia um novo sacramento, denominado louvor. Para estes, ainda que inconscientemente a adoração com música transformou-se num meio de graça, onde mediante canções distorcidas teologicamente, os crentes são levados a um estado de catarse.

5- A difamação da teologia. Volta e meia ouço alguns pastores dizendo que é bobagem estudar sistematicamente as Escrituras. Para estes a letra mata e a teologia enterra. Nesta perspectiva, recriminam todos aqueles que desejam aprofundar-se no estudo teológico. Há pouco visitei uma igreja onde o pastor presidente se orgulhava em dizer que nenhum dos seus pastores estudaram teologia. Ele teve a coragem de dizer publicamente que parte da sua equipe não sabia ler direito e que isso era muito bom, simplesmente pelo fato, de que estes poderiam com mais facilidade ser usados pelo Espírito Santo.

6- A mistificação da fé.  Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo catársico, fruto do chamado retété de Jeová tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos. Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais estapafúrdias tem se multiplicado em nossos arraiais. "Unção do Riso, Unção dos Quatro Seres Viventes, Sapatinho de fogo, unção do cajado, do galo que profetiza”, entre tantas outras obtiveram primazia entre os evangélicos.

7- O sensitismo experimental. Há pouco ouvi um irmão querido dizendo: A Bíblia pode não aprovar este assunto, todavia, o Espírito Santo me dá paz em crer diferentemente das Escrituras.  Pois é, pra alguns aquilo que se sente é mais importante do que aquilo que a Bíblia diz.

Prezado leitor, a o contrário de muitos, não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

Soli Deo Gloria.

Autor: Renato Vargens
Fonte:  http://renatovargens.blogspot.com.br/2012/03/7-razoes-porque-os-evangelicos.html

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Reflexões Oportunas para um Gigante que Acabou de Acordar!!!

 Foto: Brasil, O Gigante Acordou




“Quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá (1 Coríntios 13.10)

Em meio a tantas manifestações no nosso País, surgem vários sociólogos para problematizar o que está acontecendo, filósofos para defender o livre pensamento, economistas para analisar a relação das manifestações com a crise econômica, e várias bandeiras são defendidas no meio destes movimentos. Devido a uma enorme diversidade de questões levantadas, há uma grande dificuldade para definir qual a proposta do movimento. Sabemos como começou. A primeira bandeira levantada foi a indignação com o aumento de 0,20 centavos na passagem dos ônibus. Porem hoje este movimento ganhou projeções muito maiores, e a passagem de ônibus já virou uma gota dentro de um oceano de reivindicações feitas por um povo incontrolável e indignado.

Ao analisar todo esse movimento, vejo que o clamor desses manifestantes, em minha opinião, é pela restauração e reestruturação da classe política, que segundo eles é o âmago do problema. Mas sendo sinceros com nós mesmos, vemos que os problemas éticos e morais em nossa sociedade não começam lá em Brasília, mas em nosso coração que na Bíblia é chamado de “Desesperadamente corrupto” (Jr 17.9). O gigante acordou, mas ainda precisa abrir os olhos e ver que a raiz do problema não está no governo, ou no próximo, mas em nós mesmos!

E para chegarmos a soluções práticas, precisamos identificar a raiz do problema. Se o problema está no governo atual, uma simples troca de poderes, e cassação de alguns políticos irá resolvê-lo. Mas nem eu, nem o povo acreditamos nesta utopia. Se o problema está no processo eleitoral viciado, que não apresenta como opções elegíveis os governantes que realmente governariam bem nosso País, podemos tentar forçar uma candidatura de um desses líderes de movimento nas próximas eleições e elegê-lo com nossos votos. 

Mas provavelmente isso é o que uma grande parte das pessoas que estão à frente das manifestações deseja, e ao assumirem o poder irão aderir ao sistema enganando todo o povo que o elegeu. (É válido lembrar-nos do Ex-presidente da República, e tudo o que ele defendia antes de assumir o poder). Se o problema está no sistema Democrático, podemos tentar um golpe de estado e eleger um governante do nosso povo. Mas isso já aconteceu, e não deu muito certo. (Digamos que a probabilidade deste representante se tornar um ditador tirano é de 99%).

Porém o problema está ao mesmo tempo em todas estas coisas. Como assim? O problema está intrínseco em todas as nossas ações, sistemas, pensamentos, decisões e etc. O nome desse problema é: PECADO! E identificar este problema nos traz uma nova visão de como resolvê-lo. Simplesmente não temos a condição em nós mesmos de solucionar esta questão. Não há sociólogos, filósofos, economistas, administradores, por mais eficientes que sejam, que possam solucionar o problema do pecado. Mas há alguém que pode, ou melhor, já o fez! O gigante acordou, mas antes de se levantar ele precisa se humilhar, cair de boca no pó, reconhecer que sua natureza é corrupta, e que não há chance de mudança partindo de sua própria força!

Jesus Cristo é a solução para todos os nossos problemas sociais, existenciais, morais, éticos etc. Ele é o único que conhece e esquadrinha o nosso coração, quando nem nós mesmos conseguimos desvendá-lo. Quando nós nos despimos das nossas próprias forças e nos lançamos aos seus pés, Ele pela sua maravilhosa graça substitui nosso coração de pedra, corrupto, enganador e etc. e nos dá um novo coração, de carne, sensível aos seus mandamentos e ordenanças e capacitado para exercer os frutos do espírito (Ez 11). 

A sociedade perfeita é a que reconhece Cristo como Senhor, e o povo como escravos dEle. Nesta sociedade sem pecado não há sofrimento, nem morte, nem dor. A alegria é plena e eterna (Ap 21.4).
Este reino existe, mas ainda não podemos desfrutar dele integralmente, mas podemos e devemos propagar seus valores em nossa sociedade, pois mesmo agora, podemos experimentar do que é uma nação abençoada por Deus, mesmo que não por completo. Quanto mais a nação se afasta do Senhorio de Cristo, mais miserável e insuportável ela se torna, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). No entanto quanto mais próxima à nação estiver da Palavra de Deus, mais prospera ela será, e melhor de se viver (Sm 33.12). Entretanto nada será comparado aos “novos céus e nova terra”, onde tudo será perfeito.

Que vivamos nesta esperança da volta do nosso Rei, que reinará com toda autoridade e justiça. Onde a alegria de Seu povo será plena e eterna. O gigante acordou, mas que ele saiba que antes de gritar: “FORA DILMA!” Ele deveria estar clamando: “MARANATA! VOLTA LOGO SENHOR JESUS!”.

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Por Guilherme Barros
FONTE: http://www.pulpitocristao.com/2013/07/reflexoes-oportunas-para-um-gigante-que-acabou-de-acordar/ 

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